Felipe Camarão
A Base Felipe Camarão está localizada no Rio Perto da Eva e pertencia ao 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel) até julho de 2005. A partir desta, foi incorporada ao patrimônio do CIGS, mantendo o mesmo nome e codificada “BI/6”.
Homenageia Antônio Felipe Camarão, o índio Poti, nascido em 1580, em Igapó-RN, batizado com o nome de Antônio, ao qual acresceu o de Felipe, em homenagem ao rei de Espanha e “camarão”, tradução do vocábulo “Poti”.
Deslocou uma tribo de potiguares para Recife, que participou de inúmeros combates contra holandeses. Aquela tribo constituiu um dos Terços do “Exército Patriota” nas batalhas dos Guararapes: na primeira, sob comando de Felipe Camarão e, na segunda, ao comando do seu sobrinho, Diogo Camarão, pois Felipe falecera em agosto de 1648, por ferimentos recebidos em Guararapes, em 19 Abr 1648. Comendador da Ordem de Cristo, também ganhou a mercê de “Dom” e o título de ‘Governador de todos os índios do Brasil”.
Ajuricaba
Situada na sede do município de Manaus, no Bairro do São Jorge, desde o ano de 1965. A Base de Instrução Nº 5 (BI/5) foi criada para suprir as necessidades do então COSAC, quando do desenvolvimento dos Cursos de Ações de Comandos. Hoje é a sede do Centro de Instrução de Guerra na Selva e é utilizada em todas as fases dos cursos, principalmente as instruções de fundamentação teórica, pista de cordas, zoobotânica e natação.
Homenageia Ajuricaba, índio chefe da Tribo dos Manaós. Destemido e valente, jamais se curvou ante à ameaça portuguesa de dominação. Congregou diversas tribos, até mesmo inimigas, para lutar contra a penetração branca que procurava escravizá-los. Inúmeras vitórias dos indígenas foram impostas a diversas expedições militares portuguesas. Ao fazer uso de canhões sobre a multidão de guerreiros indígenas, conseguiram as forças militares portuguesas infligir derrotas à federação Índia. Por fim, Ajuricaba veio a ser capturado e, vendo-se transportado através rio para a cidade de Belém, a fim de ser julgado, lançou-se, ainda acorrentado, às águas do Rio Mar, preferindo morrer a ser humilhado e escravizado.
Pedro Teixeira
A Base de Instrução Nº (BI/4) está situada às margens do Lago Puraquequara, ao final dos 45 Km da Estrada do Puraquequara. Por suas características, a BI/4 é utilizada durante a Fase Técnica do curso, quando os alunos adquirem os conhecimentos técnicos para a fase de Patrulhas e Operações, principalmente no que diz respeito aos conhecimentos de técnicas fluviais na parte de infiltrações aquáticas e utilização de embarcações, além dos fundamentos e tiros de ação reflexa e operações aeromóveis. Durante a Fase de Patrulhas e Operações, é utilizada como suporte para o planejamento e execução de ações em áreas ribeirinhas.
Homenageia Pedro Teixeira, militar português que participou da expulsão dos Franceses no Maranhão. Partiu de Cametá, no Estado do Pará, e protagonizou, por meio dos rios, o mais importante processo de expansão territorial da Amazônia. Ao longo do percurso, lutou e expulsou contigentes estrangeiros que procuravam fixação em pontos estratégicos na calha do Rio Mar. Descobriu e efetuou reconhecimentos, dando nome aos principais afluentes do Rio Amazonas. Fincou, às margens do Rio Napo, o estandarte português, sendo que este ato viria a possibilitar, no futuro, com base no princípio do uti possidetis, o reconhecimento da soberania portuguesa sobre vasto território além da linha definida pelo Tratado de Tordesilhas. Ao Fincar o estandarte português, proferiu as seguintes palavras: “ Tomo posse desta terra pela Coroa de Portugal em nome do Rei Felipe IV, Nosso Senhor Rei de Portugal e Espanha. Se houver entre os presentes alguém que o contradiga ou o embargue, que o escrivão da expedição o registre, pois presentes por ordem da Real Audiência de Quito, encontram-se religiosos da Companhia de Jesus.”
Lobo D'Almada
A Base de Instrução Nº 3 (BI/3) localiza-se no Km 28 da Estrada do Puraquequara, às margens do Igarapé Branquinho. É uma base vocacionada para as Fases de Vida na Selva e Técnica, servindo de alternativa para a BI/2. A exemplo da Base de Instrução Nº 2, a BI/ 3 oferece as mesmas condições para o desenvolvimento das Fases de Vida na Selva e Técnica dos Cursos de Operações na Selva e dos estágios ministrados pelo CIGS.
Homenageia Manuel da Gama Lobo D´Almada, engenheiro militar nomeado governador da capitania do Rio Negro, no século XVIII, quando o atual Estado do Amazonas vivia uma fase de decadência e estagnação econômica. De grande percepção administrativa, iniciou trabalhos na nascente pecuária regional e buscou melhor aproveitamento das riquezas naturais desta terra. Com visão estratégica, mudou a sede do governo da cidade de Barcelos, Rio Negro, para lugar onde atualmente encontra-se a cidade de Manaus, local este de extrema importância estratégica por localizar-se na confluência do Rio Negro e Amazonas. É citado por historiadores como um dos maiores homens públicos dos duzentos anos de história no Amazonas. Vítima do despeito e intrigas políticas, viu-se envolvido em inverdades e falsas acusações, vindo a ser destituído. Faleceu pobre, de depressão e tristeza, porém honrado, não concretizando seu sonho de desenvolver a região que tanto se identificava.
Plácido de Castro
A Base de Instrução Nº 2 (BI/2) situa-se no Km 4 da Estrada do Puraquequara, às margens do igarapé Candiru, que liga a Rodovia AM-010 até o Lago do Puraquequara num percurso de 45 Km de terra batida através Selva.
A BI/2 encontra-se no local onde foi construído o “Barracão”, o primeiro galpão construído no CIGS para abrigar instrutores e monitores durante a permanência do curso no interior da selva. Apresenta uma estrutura vocacionada para o desenvolvimento da primeira fase do curso, Fase de vida na Selva, onde o aluno adquire os conhecimentos necessários para sobreviver no ambiente de selva, e a segunda Fase, a Fase Técnica, onde o aluno adquire conhecimentos técnicos que serão utilizados durante a fase de patrulhas e operações, principalmente no que diz respeito à parte de topografia. É também utilizada para execução de estágios para civis e militares ministrados pelo CIGS.
Homenageia José Plácido de Castro, homem que liderou brasileiros no início do século XX na revolução Acreana, conflito originado na cobiça pela borracha. Através de uma eficaz e ágil tática de guerrilha, praticada nas coxilhas do Rio Grande do Sul durante a Revolução Federalista, adaptada pelo jovem Plácido de Castro às condições da selva Amazônica. As forças bolivianas são combatidas e finalmente derrotadas na cidade de Xapuri.
Plácido de Castro é declarado Governador do Estado Independente do Acre. Através da diplomacia, o governo brasileiro, na pessoa do Barão do Rio Branco, compra as terras em questão, anexando-as definitivamente ao nosso país.
Marechal Rondon
A Base de Instrução Nº 1 (BI/1) está situada na altura do Km 65, da rodovia AM-010, que liga a cidade de Manaus à cidade de Itacoatiara, estando situada a uma distância de aproximadamente 15 Km do Município de Rio Preto da Eva. Possui uma estrutura toda em alvenaria e o abastecimento de energia 24 horas além da capacidade para alojar até o efetivo de uma Companhia de Fuzileiros de Selva. Durante a realização dos Cursos de Operações na Selva (COS), é utilizada, principalmente, durante a Fase de Patrulhas e de Operações, apoiando o planejamento e servindo de suporte para as patrulhas terrestres e de longo alcance.
Homenageia o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, notório desbravador dos sertões e florestas do nosso país. Pacificador, travou diversos contatos com indígenas de várias tribos sem fazer uso da força em sua expedição militar. Com a missão de levar o sistema de telégrafos até os mais distantes pontos da Amazônia Brasileira, utilizou sempre o lema: “Morrer se preciso for, matar um índio nunca”.
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